PROJETO HORTA ORGÂNICA
Adriana F. Freire - Professora de Biologia
Nos
últimos anos o crescimento populacional desencadeou a necessidade de uma
produção agrícola em larga escala, fato que deu início ao uso de novas
tecnologias como, por exemplo, a utilização de substâncias sintéticas cujos
malefícios se refletiram na saúde e
qualidade de vida da população. Nesse
contexto, Câmara (2005), diz que a produção de substâncias orgânicas sintéticas
saltou praticamente de zero para 300 milhões de toneladas nos últimos 60 anos,
ressalta ainda que um novo produto desse tipo surge a cada 27 segundos, e essas
substâncias embora sejam recebidas como excelentes soluções tecnológicas,
trazem consequências nefastas para o homem e o meio ambiente.
Considerando a importância de resgatar o relacionamento
homem/natureza, surgiu durante as aulas de biologia a ideia de criar um
ambiente destinado a prática do cultivo
sustentável e orgânico no ambiente escolar. Este espaço permite partir de um
conhecimento puramente teórico para algo mais concreto.
A existência
de um laboratório vivo proporciona a sensibilização dos discentes para a
importância de uma alimentação saudável, o respeito ao meio ambiente, a
consciência mais ecológica, a capacidade investigativa, o estímulo a leitura, o
incentivo a pesquisa e principalmente o desenvolvimento do
pensamento crítico, fatores primordiais no processo de construção do conhecimento.
Dessa forma a implantação de uma
horta no ambiente escolar é de suma importância.
O
projeto tem como objetivo sensibilizar os discentes quanto a relevância do
equilíbrio ambiental no que concerne a sustentabilidade da vida no planeta, promover
hábitos alimentares saudáveis através de uma produção baseada em tecnologias
limpas e sustentáveis e enfatizar acerca da responsabilidade de cada indivíduo
no processo de construção de um mundo mais harmônico e sustentável.
IMPLANTAÇÃO DO PROJETO NO CEM PAULO FREIRE - ARAGUAÍNA
O
projeto teve início em abril/2012 no Centro de Ensino Médio Paulo Freire, na
qual exerço a função de docente.
O
projeto passou por alterações estruturais e nessa nova versão optei juntamente
com a comunidade escolar em utilizar garrafas PET para a construção dos
canteiros. Esta nova versão teve como proposta adicional a redução da poluição
ambiental através da reutilização de materiais que comumente teriam como
destino final o lixo.
ETAPAS ATUAIS DO PROJETO
A
primeira etapa do projeto no CEM Paulo Freire ocorreu na Semana de Ciência e
Tecnologia de 2012, quando no encerramento das atividades foi realizada a
divulgação do projeto a toda comunidade escolar. Na ocasião os alunos das 2ª
séries do ensino médio apresentaram maquetes retratando o esboço do modelo
adotado para a construção dos canteiros.
(Maquetes da Horta - CEM Paulo Freire 2012)
Na segunda etapa ocorreu o recebimento das garrafas PET coletadas previamente pelos alunos, na qual houve a participação coletiva e o envolvimento de todos.
(Coleta de garrafas PET - CEM Paulo Freire 2012)
A etapa seguinte consistiu na escolha do local adequado para a implantação da horta e início da delimitação e construção dos canteiros.
Parte da construção dos canteiros foi realizada com garrafas PET(2013)
Arte de grafite (parceria) com o artista Fernando Amorim (2013)
Preparação dos canteiros para plantio
Cultivo de alface, coentro, cebolinha e cenoura
Plantio de Pimenta malagueta
Alguns canteiros são utilizados como sementeira
Cultivo de beterraba
Manutenção dos canteiros pelos discentes
Colheita de alface
Colheita de alface
Alface orgânico - livre de produtos químicos
Entrega de hortaliças na cantina da escola
Preparação das hortaliças para utilização na merenda escolar
Apresentação do Projeto Horta Orgânica na Feira de Ciências do Estado do Tocantins - Universidade Federal do Tocantins- UFT 2013.
Apresentação de Projeto por alunas do Ensino Médio
Histórico do processo de construção do Projeto (em fotos)
Histórico evolutivo do processo de construção do projeto (2012- 2013)
Apresentaçãdo Projeto através de banner, exposição de fotos e maquete
Prêmio Jovem Pesquisador
Agradeço a valiosa
participação de todos que colaboraram para a concretização do Projeto Horta, a saber: alunos, professores, coordenadores, gestor do CEM Paulo
Freire, sociedade civil, profissionais de áreas afins e Instituições voltadas ao Ensino Superior. Certamente, é mais uma ferramenta de apoio para o professor, haja vista que é um "laboratório vivo", e um estímulo para o educando no que concerne ao processo de ensino-aprendizagem por meio da teoria associada a prática bem como um incentivo a pesquisa.
Após o término da construção dos canteiros, deu-se início as atividades de adubação do solo,
seguido do plantio das mudas, observação, manutenção dos canteiros e colheita das hortaliças. Todas as atividades foram realizadas pelos discentes do ensino médio com a coordenação da professora de Biologia Adriana Freire.
Transplante de mudas(2013)
Plantio de mudas(2013)
Plantio de mudas
Pimenta de cheiro
Manutenção dos canteiros
Transplante de mudas(2013)
Plantio de mudas(2013)
Plantio de mudas
Pimenta de cheiro
Plantio de Pimenta malagueta
Alguns canteiros são utilizados como sementeira
Manutenção dos canteiros pelos discentes
Colheita de alface
Alface orgânico - livre de produtos químicos
Entrega de hortaliças na cantina da escola
Apresentação de Projeto por alunas do Ensino Médio
Histórico do processo de construção do Projeto (em fotos)
Histórico evolutivo do processo de construção do projeto (2012- 2013)
Prêmio Jovem Pesquisador
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Uma versão inicial do
projeto teve início em 2005 através da sua implantação no Colégio Pré-
Universitário de Araguaína (CPU), na qual ministrei aulas durante o período de
2003 a 2008. Agradeço a todos os alunos, professores, funcionários e diretor do
CPU que participaram com empenho neste período.
A evolução do projeto nesta unidade de
ensino encontra-se registrada nas
figuras abaixo.
(Construção da horta no CPU - 2006)
(Resultado do primeiro plantio - CPU 2006)
REFERÊNCIAS
CÂMARA, Ibsen de Gusmão.
Ciência e tecnologia. In: TRIGUEIRO, André & SILVA, Marina (Org.). Meio Ambiente no Século 21. 4 ed.
Campinas-SP: Armazém do Ipê (Autores Associados), 2005, p. 164.
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